Concurso de Vargem Grande Paulista
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AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. 7ed. São Paulo: Editora Ática, 2000

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Mensagem por Admin Qui Abr 27, 2017 10:11 pm

Boa noite,

Posto aqui para começarmos um resumo da primeira referência do concurso: AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. 7ed. São Paulo: Editora Ática, 2000.

Resenha Crítica – O Construtivismo de Piaget e Emília Ferreiro

No começo do capítulo do livro, observa-se que há uma contextualização do tema, enfatizado que a partir dos anos 80 houve um crescente interesse pelo tema da alfabetização inicial, onde Emília Ferreiro, uma psicopedagoga argentina, orientada de doutorado de Jean Piaget, que é uma grande estudiosa do tema junto com Ana Teberosky, escreveu o livro Psicogênese da língua escrita, que representou uma grande revolução conceitual, iniciando a instauração de um novo paradigma para a interpretação da forma pela qual a criança aprende a ler e a escrever.
          Além de demonstrar que o fracasso nas séries iniciais da vida escolar atinge principalmente os setores marginalizados da população, o trabalho de Ferreiro e Teberosky trazem uma contribuição original do ponto de vista teórico, pois estudam um objeto ao qual Piaget não se dedicava. Devido principalmente a esses dois fatores, deve-se a grande importância do trabalho delas. O  trabalho de Ferreiro e Teberosky não propõem novos métodos de alfabetização e não foca os problemas de aprendizagem. O que esse trabalho procura demonstrar são os processos existentes na aquisição da linguagem escrita na criança. As pesquisadoras consideram essencial interpretar as formas peculiares que cada criança utiliza nesse processo de entender a escrita e para isso elas fazem a análise dos erros cometidos e da evolução desse processo em cada fase pela qual a criança passa.
Porém quando observamos segundo Ferrari(2008) as descobertas de Piaget sobre os processos de aquisição de conhecimentos e sobre mecanismos de aprendizagem da criança, aliada aos estudos e pesquisas de Emilia Ferreiro que estudou e trabalhou com Piaget, possibilitam a descoberta de que as crianças possuem um papel ativo na construção de seu conhecimento, surgindo assim o construtivismo.
Para Moreira (2009), na teoria do pesquisador Piaget, o desenvolvimento cognitivo se da por assimilação e acomodação. Quando o organismo assimila, ele incorpora a realidade a seus esquemas de ação, impondo-se ao meio, e no processo de assimilação o organismo (a mente) não se modifica. Por exemplo, quando se mede uma distância, usa-se o esquema – conhecimento - “medir” para assimilar, ou compreender, uma situação. Porém, o conhecimento que se tem da realidade, o esquema “medir”, não é modificado, a pessoa continua com a mesma visão do esquema “medir”. Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, o organismo (a mente) desiste ou se modifica. Se modificar, ocorre a acomodação, levando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando no desenvolvimento cognitivo.
Conforme Moreira (2009), na teoria de Piaget, só há aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação. Portanto, para modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para Ferrari (2008), a pesquisadora Emilia Ferreiro, apoiada nos pressupostos das descobertas de Piaget, enfoca que apenas a capacidade de diferenciar ou reconhecer sons e sinais ou a leitura de palavras simples não é capaz modificar o esquema de assimilação das crianças e assim, ocorrer a aprendizagem, é necessário que a criança compreenda o sentido do que é feito, que ela experimente e construa seu conhecimento.
Pinheiro (2002, p. 40) destaca três características importantes do construtivismo:
•O conhecimento é construído através de experiências
•Aprender é uma interpretação pessoal do mundo
•Aprender é um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências
Nesse sentido, o papel do professor é criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento da pessoa, provocar o desequilíbrio no organismo (mente) para que o indivíduo, buscando o reequilíbrio e tendo a oportunidade de agir e interagir (trabalho práticos), se reestruture e aprenda. Estando atento que, para um ensino eficiente, a argumentação do
professor deve se relacionar com os esquemas de assimilação do aluno. O professor não pode ignorar os esquemas do aluno e simplesmente adotar os seus os esquemas de assimilação, e quando houver situações que gere grande desequilíbrio, o professor dever adotar passos intermediários para adequá-la as estruturas do aluno (MOREIRA, 2009).
Para Piaget, a pessoa, a todo o momento interage com a realidade, operando ativamente objetos e pessoas. O conhecimento é construído por informações advindas da interação com o ambiente, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior, mas como resultado de uma interação na qual o sujeito é sempre um elemento ativo na busca ativa de compreender o mundo que o cerca (MOREIRA, 2009).
Entende-se, então, de acordo com essa teoria, que o desenvolvimento cognitivo é resultado de situações e experiências desconhecidas advinda da interação com o meio, onde o sujeito procura compreender e resolver as interrogações. Com isso, o aluno exerce um papel ativo e constrói seu conhecimento, sob orientação do professor, buscando informações, propondo soluções, confrontando-as com as de seus colegas, defendendo-as e discutindo. Essa teoria permite utilizar todo o potencial de interação da internet para criar um ambiente que gere conhecimento teórico e prático através da construção gradual do conhecimento por meio de participação ativa. Oferece oportunidade para reflexão. A construção do conhecimento pelos alunos é fruto de sua ação, o que faz com que eles se tornem cada vez mais autônomos intelectualmente.
Quadro de Resumo
Teoria Construtivista
Métodos - Por meio de experiências, pesquisas e métodos de solução de problemas.
Aprendizagem - Obtida pelo desequilíbrio do organismo, que na busca do equilíbrio reestruture as estruturas cognitivas e aprenda.
- Resultado de uma interação, na qual o sujeito procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver os problemas.
Papel do professor - Mediador
- Criador de conflitos
- Orientador
Papel do aluno: Ativo
Contribuições para o DI – Cursos virtuais - Permite utilizar todo o potencial de interação da internet para criar um ambientes interativo e que gere conhecimento teórico e prático através da construção gradual do conhecimento por meio de participação ativa.
- Oferece oportunidade para reflexão.
- A função do professor deve ser a de criar situações favorecedoras de aprendizagem, a construção do conhecimento pelos alunos é fruto de sua ação, o que faz com que eles se tornem cada vez mais autônomos intelectualmente.
- O professor passa a ser o mediador, deixa de ser aquele que detém os conhecimentos.

Retirado do site http://gestaoestephano.blogspot.com.br/2013/06/resenha-critica-piaget-e-emilia-ferreiro.html

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